“QUALIDADE DA INFORMAÇÃO”
A informação
é uma ferramenta fundamental em todo e qualquer processo de uma entidade. Ela visa facilitar a comunicação e a decisão. Seja
de caráter interno, na própria empresa, ou externamente para o mercado, a
circulação das informações se dá de várias formas, mas notadamente pelo correio
eletrônico (e-mail) e por mensagem de celular. É comum nos grupos empresarias a
implantação de um sistema de informação a ser utilizado para uso diário não só
pelas diretorias e sócios, como, também, nas suas relações institucionais, em assembleias,
nos conselhos (administração, consultivo, família e fiscal), entre sócios e administradores.
Sendo a comunicação muito adotada no meio empresarial, principalmente nas suas
divulgações, há a necessidade de melhorias na forma como as empresas (de um
modo geral as de capital fechado) se comunicam acerca dos fatos relevantes.
Para tanto, deve-se investir na qualidade de suas operações, das posições
financeiras, de seu resultado, das análises de variações decorrentes de
aumentos ou de reduções, dos riscos, das provisões, etc., de modo atender as
leis e os regulamentos, disponibilizando e divulgando em relatórios mais
informações significativas para o mercado. A informação de qualidade deve ser sempre
objetiva, mesmo que alguns interessados não fiquem completamente satisfeitos,
pois não existe informação perfeita. Algumas empresas evitam revelar em seus relatórios,
informações que podem ser significativas para o mercado, por receio de expor suas
falhas ou mostrar elementos, estratégias e resultados para os concorrentes. É
natural que haja confidencialidade. Contudo, é necessário observar os
dispositivos legais, principalmente quando se trata de publicação das
demonstrações contábeis preparadas anualmente pelas entidades que são obrigadas
por lei. Um dos pontos importantes é identificar quais são os usuários que
poderão fazer parte da informação. Um negócio somente despertará interesse ao investidor,
quando este tem conhecimento e confiança na qualidade das informações. Esses
dados básicos, permitam fazer uma avaliação inicial, relacionada com as
operações, com os riscos e com o desempenho do resultado, de modo a verificar se
há algum atrativo onde possa aportar recursos, sob a forma de empréstimo, debêntures
ou de participação societária, no empreendimento/alvo desejado. Não é à toa que,
atualmente, em qualquer tipo e de atividade empresarial a boa governança requer
informação de qualidade. Na elaboração das portarias, resoluções, normativos
internos, que subsidiam os regimentos, regulamentos, contendo as políticas
empresariais, as informações terão que ser claras e transparentes, para que sejam
confiáveis. Com base nelas, os sócios, através do seu conselho, quando
existentes, poderão apresentar as deliberações tomadas para a administração,
para que executem e pratiquem as atribuições de forma harmoniosa e
satisfatória, sempre voltado para o desempenho e o futuro empresarial.
Cláudio Sá Leitão - Conselheiro pelo IBGC e Luís Henrique Cunha, Sócio da Sá Leitão Auditores e Consultores.
PUBLICADO NO JORNAL FOLHA DE PERNAMBUCO EM 02.08.2018